O arquiteto Sidonio Porto, em entrevista à última edição da Revista Projeto (no. 360 – fevereiro 2010) fala de sua vida profissional. São 45 anos de atividade. Sidonio é conhecido há muito tempo como excelente arquiteto (premiado inúmeras vezes) e amigo meu desde agosto de 2008 quando viajamos juntos – com mais arquitetos e diretores da Giroflex – à África do Sul.
Aliás, foi uma viagem maravilhosa, por tudo o que se viu e também por tudo o que o grupo de cerca de 20 pessoas vivenciou na convivencia diária durante mais de dez dias. Sidonio e a sua esposa são maravilhosos, assim como todo o grupo, que até hoje se comunica de vez em quando.
Pois bem, chamou-me a atenção nesta entrevista – entre inúmeras curiosidades da sua vida profissional – o comentário a respeito da questão dos honorários dos arquitetos na atualidade. Já me referí a este assunto no meu blog há bastante tempo e fiquei em parte surpreso com o que o Sidonio relatou na entrevista:
Pois é, estamos no fundo do poço em relação aos honorários. Eu ainda diria que estamos na crista da onda em relação às exigencias e cobranças de qualidade. Normalmente são nos exigidos ítens além dos previstos em contrato e, muito grave, estes ítens acabam sendo “motivos/argumentos”para se atrasar e até deixar de pagar os-já-baixos valores contratados.
Durante a viagem e as conversas com Sidonio, ele me surpreendeu dizendo que todos os grandes escritórios de arquitetura de São Paulo e do país necessitam, e tem, cada vez mais, advogados e departamentos jurídicos para elaborarem contratos seguros. É lamentável, mas é a realidade. Preciso pensar nisto imediatamente, apesar de eu ter em 90% dos casos um relacionamento excelente com os meus clientes.
Obrigado Sidonio, pela entrevista. Sempre aprendemos mais.
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